Na abertura do Entre Nós desta segunda-feira (17), Adriana Araújo destacou o caso da médica Marília de Godói, de 67 anos, que foi agredida por bandidos enquanto corria na rua na região do Parque Continental, na Zona Oeste de São Paulo.
A ginecologista foi abordada por dois homens em uma moto que queriam levar o celular dela. Como a Marília não estava com o aparelho, os criminosos exigiram que ela lhes entregasse a aliança. Como ela não conseguiu retirá-la, os dois começaram a chutá-la e até a morder os dedos dela. Um morador viu a cena e assoviou, o que levou os homens a deixarem o local.
Adriana usou este caso e o do ciclista Vitor Medrado, que foi morto por assaltantes na semana passada, para ressaltar como a violência tem crescido na capital paulista.
“Colocar no ar o grito de socorro dessa mulher é coletivamente, em nome dela, do ciclista que foi assassinado na semana passada, de todas as pessoas que são vítimas cotidianamente na capital paulista, uma maneira de pedir socorro. Não há condições de ficarmos assim”, frisou a apresentadora.
A apresentadora afirmou que, muito provavelmente, a médica não terá mais coragem de correr na rua após o episódio, e que a população paulistana hoje vive em constante estado de alerta devido à criminalidade e violência.
“Vocês acham que essa médica terá condições de voltar a correr? Ou todas as vezes que ela tentar, ela vai lembrar do pavor que viveu? Vocês acham que ela está aterrorizada? É claro que está! Todos nós estamos. Aqueles que são vítimas, como tantos outros já foram e aqueles que ainda não foram e vivem o terror da ameaça”, ressaltou.
Hoje de manhã eu queria correr na rua. Eu pensei duas vezes e falei: ‘não dá! Não dá para levar celular, ir com aliança no dedo, ouvir uma música enquanto você caminha’. Você pode atrair o bandido que passa de moto e vai te atacar!.
A jornalista afirmou ainda que é necessário cumprir a lei e trazer segurança de verdade para São Paulo.
“A cidade não pode viver esse terror. Tem que haver um basta. Não pode ser o bandido nos aterrorizando, ameaça na nossa esquina, no parque, no caminho do nosso trabalho. Tem algo muito grava acontecendo em São Paulo. Enquanto a gente não tiver um basta nessa violência, cumprindo a lei, mantendo bandidos presos, não teremos sossego", arrematou.