A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitou nesta segunda-feira (06) que o Supremo Tribunal Federal (STF) revogue a prisão preventiva decretada contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes e substitua a medida por uso de tornozeleira eletrônica. 

O pedido deverá ser analisado por Moraes, que é o relator dos inquéritos, mas não há expectativa de que a solicitação seja atendida.

Os advogados afirmam que não há justificativa para a manutenção da detenção e que Torres estaria disposto a entregar seu passaporte às autoridades e disponibilizar seus dados bancários, fiscais e telefônicos.

Segundo a defesa, mesmo na curta passagem de quatro dias de Anderson Torres pela pasta da Segurança Pública, todos os cuidados foram antecipados, com tarefas distribuídas, e até relações estabelecidas entre os participantes.

Foram enumerados ainda outros 71 pontos que, na visão dos advogados, seriam justificáveis para liberdade do ex-ministro. Entre eles está a afirmação de que não há relação entre os atos criminosos em Brasília e a viagem familiar do ex-secretário.

Torres teve a detenção decretada pelo ministro Alexandre de Moraes ainda no dia 10 de janeiro por suposta omissão durante os atos criminosos do dia 8 do mesmo mês nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Ele também é investigado por conta de uma minuta de decreto golpista. Ela foi encontrada na casa do ex-secretário durante uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal.