O agronegócio bateu recorde de exportações com US$ 14 bilhões em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária.
O resultado representa um aumento de 1,2% na comparação com o mesmo mês no ano passado.
A soja, as carnes de frango e suína, a celulose e o algodão foram os produtos responsáveis pelo aumento na balança comercial. O setor representa metade do total exportado pelo Brasil nos primeiros sete meses do ano.
O complexo soja é o principal setor exportador dentro do agronegócio brasileiro e representa 42% do total. Em julho, o valor chegou aos US$ 4,77 bilhões, com 9,7 milhões de toneladas. As vendas externas de farelo de soja tiveram destaque, com alta de 12,4%.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que o Brasil deve se tornar o maior fornecedor mundial de farelo de soja em 2023.
Os mercados que mais compram farelo de soja do Brasil são os da União Europeia, com US$ 458 milhões e 53,4% do total, o da Indonésia, com US$ 178 milhões, que correspondem a 41,6%, e o da Tailândia, com US$ 151 milhões, o que representa 3,6%.
Já as exportações de carne suína alcançaram US$ 1,99 bilhão, com queda de 18% no preço médio das carnes. No entanto, a carne suína foi a única com expansão de volume, em 7,5%. A China segue como a maior importadora brasileira de suínos, com 37,8%. Na sequência estão as Filipinas.
No caso da carne de frango, as vendas externas foram de US$ 845 milhões, também com a China como principal importadora. Em segundo lugar estão empatados os Emirados Árabes Unidos e o Japão.
A celulose teve alta de 20% nas exportações no mês, com US$ 816 milhões. O volume também é destinado principalmente à China.
A alta brasileira segue a tendência da América Latina. Chile, Argentina e México são alguns dos países em que as exportações do agro tiveram aumento acima de US$ 100 milhões.