O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu prorrogar, por 90 dias, o prazo de investigação de dois inquéritos que tramitam na Corte. As decisões foram tomadas nesta segunda-feira (11).
Um deles investiga a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.
Já o segundo apura as ações de milícias digitais que supostamente trabalham contra a democracia no país.
As duas investigações estão sob a responsabilidade da Polícia Federal. O pedido de prorrogação partiu da própria PF.
Na última quinta-feira (07), depois que o presidente confirmou que aceita prestar depoimento presencialmente, Moraes determinou que os investigadores ouçam o presidente no prazo de 30 dias.
A denúncia contra o chefe do Executivo foi feita pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal, pedindo informações e trocas no comando da corporação.
Bolsonaro nega as acusações, alegando que os pedidos se tratavam da sua segurança pessoal, que é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Quanto ao segundo, a PF investiga se o grupo suspeito de tomar medidas contra o estado democrático de direito tenha recebido doações de verbas públicas.
Nesse inquérito, bolsonaristas foram ouvidos e alegaram que estavam apenas emitindo opiniões pessoais.