Aliança da indústria da saúde apresenta propostas a candidatos à Presidência

A consolidação de um Complexo Industrial da Saúde, incentivo à pesquisa/inovação e reformas estruturais para minimizar o "Custo Brasil" são fundamentais, defende ABIIS

Rádio BandNews FM

 Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde lançou a Agenda Saúde 2022/2030 Foto: Reprodução
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde lançou a Agenda Saúde 2022/2030
Foto: Reprodução

A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde lançou a Agenda Saúde 2022/2030 - Dispositivos Médicos para apresentar os desafios e propostas para o setor aos candidatos à Presidência da República e lideranças públicas. A ABIIS defende que o setor de Dispositivos Médicos seja considerado estratégico pelo Estado Brasileiro, para os interesses geopolíticos, diplomáticos, econômicos e sociais do país.

As questões consideradas fundamentais pela Aliança são: recursos e políticas públicas para a consolidação de um Complexo Industrial da Saúde forte, moderno e representativo, independentemente da origem do capital; incentivo à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento de novos produtos e processos produtivos, incorporando de forma racional as novas tecnologias, em benefício da população; reformas estruturais que minimizem o "Custo Brasil", que encarece os preços dos produtos e os custos de logística, compromete investimentos e prejudica o acesso da população à saúde; e tratamento tributário diferenciado para a saúde, que proporcione a sustentabilidade do sistema, o acesso do paciente e o desenvolvimento econômico.

“O Brasil tem uma capacidade de consumo muito grande, com 220 milhões de pessoas, o maior sistema de saúde público do mundo (SUS), além de um sistema privado bastante robusto. Trazemos 17 propostas para contribuir efetivamente com as equipes técnicas da área de Saúde das campanhas, para fomentar o setor, com impacto positivo imediato em infraestrutura e na própria economia, considerando o efeito positivo que se gera”, afirma o presidente do Conselho de Administração da ABIIS, Carlos Eduardo Gouvêa.

Em 2020, primeiro ano da pandemia, 74,2% das exportações mundiais de EPI’s foram feitas pela China e 62,2% das exportações mundiais de ventiladores foram feitas por cinco países, sendo que o Brasil não está nessa lista. “O país tem uma indústria de capital nacional que pode ser fortalecida. Paralelamente, temos capacidade de atrair indústrias internacionais para montar suas plantas aqui e exportar, além do próprio potencial para P&D, já que temos uma robusta estrutura acadêmica. Elas gerariam emprego, arrecadação tributária e investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia. Hoje há uma série de ineficiências que afugentam as multinacionais. Seja por meio da indústria nacional ou internacional, temos potencial para suprir o mercado interno e de outros países da América Latina, Oriente Médio e Rússia”, defende o presidente da Aliança.

Atualmente, estão registrados na Anvisa mais de 81 mil produtos, entre equipamentos, materiais de uso médico-hospitalar e diagnósticos in vitro. “Os dispositivos médicos ajudam a reduzir os custos da saúde, uma vez que ajudam no controle eficiente de doenças crônicas, evitam desperdícios com tratamentos desnecessários ou ineficientes e diminuem custos de tratamentos em geral. E com a pandemia, a importância de todos esses dispositivos ficou evidente. Aliás, nunca ficou tão claro o valor do diagnóstico!”, finaliza Gouvêa.  

A diretoria da ABIIS já se reuniu com os candidatos à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, e pelo Novo, Luiz Felipe d’Avila; com o ex-governador de São Paulo e pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin; com os então pré-candidatos à presidência pelo União Brasil, Luciano Bivar, e pelo Podemos, Sergio Moro; além de outras lideranças políticas como o presidente do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, o ex-governador do Rio Grande do Sul pelo PSDB, Eduardo Leite, e o ex-ministro da Saúde e senador pelo PT, Humberto Costa.

Sobre a ABIIS

A ABIIS é uma aliança de associações do setor de dispositivos médicos (ABRAIDI, ADVAMED e CBDL) com empresas-membro de expressiva participação no mercado. Tem como meta ser um parceiro do governo brasileiro na busca de soluções que contemplem as necessidades do Estado e promovam os melhores benefícios aos pacientes.