O aluno que ficou conhecido no início do mês nas redes sociais depois de 150kg despencarem de um aparelho de musculação e atingirem os ombros dele voltou, neste sábado (26), a sentir as pernas. Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, estava sentado, após uma série de exercícios, quando o peso desabou.
O motorista de aplicativo, que mora em Juazeiro do Norte, na Paraíba, sofreu uma lesão gravíssima e precisou passar por uma cirurgia de urgência no dia seguinte do acidente para reconstrução da coluna dele. Familiares de Regilânio da Silva levantaram doações na internet para custear despesas com o tratamento.
"A pancada foi tão violenta que senti eu sendo quebrando ao meio. Foi como as minhas pernas não fizessem mais parte de mim, tivessem fora do meu corpo. Graças a Deus Foi um milagre a máquina não ter atingido a minha cabeça, talvez não estaria aqui pra contar a história", contou, na ocasião, em uma postagem nas redes sociais.
O motorista disse não saber explicar o que aconteceu e afirmou lembrar apenas de uma muitas pessoas o cercando repentinamente. "Travei a máquina, desci, dei a volta, coloquei mais peso, e sentei pra descansar. E aconteceu. Na hora, hora pensei que eu tinha morrido. Eu senti o meu corpo partindo, a parte debaixo do quadril sem controle, tudo adormecido, é uma sensação tão esquisita, como se eu não tivesse as minhas pernas. A dor foi tão violenta, que na mesma hora eu tive a consciência que nunca mais voltaria a andar. O que vier pra mim é lucro”, desabafou.
A avaliação dos médicos foi que ele tinha 1% de chance de voltar a andar. Regilânio da Silva recebeu alta no dia 10 de agosto e, após sessões de fisioterapia, conseguiu recuperar a sensibilidade da cintura para baixo. Ele faz sessões de fisioterapia de segunda a sexta, com três profissionais diferentes. Um focado no fortalecimento do tronco, outro nas pernas e mais um para questões de acessibilidade. Em alguns dias da semana, ele também faz fisioterapia mais de uma vez por dia.
O motorista sempre colocou como prioridade o desejo de retomar completamente o movimento das pernas. Contudo, ele sabe que não é um processo rápido. “O meu objetivo é voltar a andar. O que tenho na minha cabeça é isso. Sei que é um processo lento, mas só penso nisso. Não penso em outra coisa”, declarou.