Um pai e amigo amoroso e um ativista na luta contra o racismo. É assim que amigos e parentes vão se lembrar de Milton Gonçalves. O corpo do ator foi cremado nesta terça-feira (31), no Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio. O velório foi aberto ao público, no Theatro Municipal.
Camisas do Flamengo e das escolas de samba Mangueira e Santa Cruz foram estendidas sobre Milton. O artista, mangueirense e rubro-negro, foi o homenageado da Santa Cruz no Carnaval desse ano. Os membros das agremiações se despediram com música. A filha de Milton, Alda Gonçalves, lembrou da importância do samba para a família.
Milton Gonçalves participou de mais de 40 novelas e foi o primeiro brasileiro a apresentar o Emmy Internacional, em 2006, quando concorreu ao prêmio de Melhor Ator por Pai José, no remake de Sinhá Moça.
Ele também chegou a se candidatar para o Governo do Rio. Um documentário sobre a vida de Milton deve ser lançado em breve, de acordo com a família.
Milton Gonçalves morreu aos 88 anos, em casa, nesta segunda (30), por complicações de saúde causadas por um AVC em 2020. Ele deixa três filhos.
Mas o talento e o carinho do artista vão ficar para sempre na memória da família, dos amigos e dos fãs.