O ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, não compareceu, nesta quinta-feira (9), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos).
A ausência foi comunicada aos deputados distritais na quarta-feira (8), com a justificativa de que o Supremo Tribunal Federal definiu a participação como facultativa, além do depoente poder ficar em silêncio.
A CPI investiga os atos violentos em Brasília no dia 12 de dezembro, quando da diplomação do presidente Lula como vencedor da eleição, e 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes foram invadidas e depredadas.
Anderson Torres está sendo investigado por suposta omissão durante os atos de janeiro. O ex-ministro estava nos Estados Unidos no dia em que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro cometiam depredavam os prédios. Ele está preso desde o dia 14 de fevereiro no Batalhão de Aviação Operacional.
No entanto, Chico Vigilante (PT-DF), presidente da comissão, aprovou um requerimento para transferir o depoimento do ex-ministro para a próxima quinta-feira (16), em uma sessão reservada.
“Ele disse que tem muito a falar, então queremos que ele fale. Estamos colocando todas as condições para que ele venha, por isso estou apresentando esse requerimento”, afirmou Chico Vigilante.
Não haverá transmissão ao vivo e nem a presença da imprensa. Estarão na sala apenas membros da comissão e as informações serão divulgadas posteriormente.