Apesar dos discursos em prol da harmonia entre os Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de intermediar as negociações em prol das emendas parlamentares entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF). As informações e a análise são do colunista da BandNews FM Carlos Andreazza, do Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira (3), Lula se encontrou com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente. Na reunião, com declarações à imprensa, houve acenos ao diálogo e à harmonia entre os Poderes.
Discursos à parte, ninguém me parece disposto a recuar nos seus compromissos, disse Andreazza.
Em seu discurso após ganhar a eleição para a Câmara, Motta citou o artigo 1º da Constituição Federal "para dizer que tem o mandato para, em nome do povo e dando uma cutucada no Supremo, gerir fundos orçamentários".
"O mandato dos dois é para a defesa dessa prerrogativa, para defesa da lógica e da dinâmica do Orçamento Secreto. É aí que o governo Lula entra como mediador (...) para que seja menos ruim, o futuro do governo depende que Lula consiga mediar essa mesa de negociação entre Supremo e Parlamento. Esse é o futuro pro governo Lula se quiser que as coisas andem bem."