O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram nesta quarta-feira (5) para debater as prioridades da agenda econômica de 2025. Haddad apresentou uma lista com 25 prioridades.
O primeiro item da lista trata do "fortalecimento do arcabouço fiscal para assegurar a expansão sustentável do PIB". Para Carlos Andreazza, colunista da BandNews FM, não há como fortalecer algo que já "está morto".
"Quem tem 25 prioridades não tem nenhuma (...) arcabouço fiscal é um elemento morto, é natimorto, e fortalecimento de morto é vilipêndio de cadáver", disse.
Das 25 prioridades apresentadas por Haddad, 15 precisam da aprovação do Legislativo. A Câmara, no entanto, sinalizou que as apreciações devem acontecer após a reforma ministerial. Lula afirmou ontem que não pressa para começar a trocar alguns ministros.
Para Andreazza, a lista de prioridade para a agenda econômica "é como se fosse a promessa de um novo governo para 2025".
Nem parece aquele governo da PEC da Transição, que jorrou mais de R$ 150 bilhões na economia e induziu artificialmente o crescimento
Sobre o fortalecimento do arcabouço fiscal para assegurar a expansão sustentável do PIB, Andreazza avalia que "só se for pra sustentar o 'voo de galinha' na economia." "A expansão sustentável do PIB é o que não tivemos até aqui."
Para o colunista, o Ministério da Fazenda apresenta a lista e fala em arcabouço fiscal, uma "fórmula marqueteira", para que, em 2026, o governo Lula faça um "pacto com o próprio Parlamento para que nós, cidadãos, financiemos a tentativa de reeleição de Lula".
"É passar por 2025 pedalando e brincando de meta fiscal. A meta fiscal virou peça de ficção."