Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar nesta sexta-feira (18) uma linha de crédito para as empresas da cidade de São Paulo afetadas pelas chuvas e apagões - que assolaram a capital paulista na última semana -, pairou uma dúvida sobre a abrangência do programa.
No discurso do anúncio, Lula disse que faria para São Paulo "o mesmo que fizemos para o Rio Grande do Sul" para "pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão", que "perderam geladeira" e "perderam inclusive a comida que estava na geladeira".
De acordo com o repórter Túlio Amâncio, membros do Ministério da Fazenda informaram que foram pegos "de surpresa" com o possível aumento na abrangência do programa. Inicialmente, o projeto estava encaminhado para atingir os comerciantes que foram impactados com os apagões.
"Uma fonta da Fazenda me disse: o que estava precificado com o presidente Lula era uma ajuda aos comerciantes. Esse jeito que o presidente falou, de fato, parece outra coisa. Vamos ver se a ordem vai mudar, mas aqui na Fazenda fomos pegos de surpresa", relatou Túlio.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão R$ 150 milhões dos recursos reservados para o Fundo Garantidor de Operações (FGO) que serão destinado à linha de crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Haddad também ressaltou que o ressarcimento deve ser cobrado da própria concessionária de energia elétrica, no caso de São Paulo é a Enel.