Anvisa acelera liberação de insumos hospitalares para tentar conter colapso na saúde

Da Redação

Anvisa acelera liberação de insumos hospitalares para tentar conter colapso na saúde Reprodução TV
Anvisa acelera liberação de insumos hospitalares para tentar conter colapso na saúde
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária afirma que trabalhará nas ações que visam importar rapidamente e com menos burocracia os insumos para intubação de pacientes com coronavírus.

Entidades que representam hospitais privados e a Associação Médica Brasileira alertaram sobre a alta demanda de anestésicos, sedativos e bloqueadores que são essenciais para a realização de intubações.

Foto: Divulgação

Por exemplo, a direção do Hospital Universitário Pedro Ernesto, uma das maiores unidades da capital fluminense, tem encontrado dificuldades para adquirir remédios anestésicos utilizados na intubação de pacientes com a Covid-19.

A colunista da BandNews FM Mônica Bergamo revelou que pode faltar material em até 20 dias.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de secretários municipais de saúde, Wilames Freire, existe a possibilidade de escassez de insumos até antes deste período:

De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde, a Anvisa está analisando os pedidos apresentados. Para o presidente Reinaldo Scheibe, a importação pode minimizar a dependência de empresas que fabricam os produtos aqui no Brasil:

A preocupação com os insumos também alertou o Fórum dos Governadores, que enviou uma cobrança de monitoramento pelo Ministério da Saúde. Segundo o coordenador do grupo, Wellington Dias, 18 estados já apresentam estoques críticos:

Em nota, o governo federal afirma que recebeu as informações de 24 estados e do Distrito Federal e garante que tem distribuído medicamentos para intubação. Além disso, a pasta cobrou detalhes sobre quem precisa de insumos de forma urgente.

SITUAÇÃO DO HOSPITAL PEDRO ERNESTO (RJ)

O diretor do Hospital Pedro Ernesto, Ronaldo Damião, que é ligada a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, alerta para os baixos estoques. Damião afirma ainda que há preocupação com à ausência no mercado de antibióticos para pacientes que utilizam respiradores.

O diretor da instituição alega que pacientes não deixaram de ser atendidos pela falta de medicamentos. Mas o censo hospitalar da Prefeitura do Rio indica que o Pedro Ernesto tem sete leitos inoperantes por falta de medicação.

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Ao todo, a unidade tem 478 leitos, entre enfermaria e terapia intensiva. Para o epidemiologista da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana o país pode estar perto de um colapso na saúde pela falta de insumos médicos para o tratamento de pacientes com coronavírus.

O Ministério da Saúde garante que tem distribuído medicamentos para intubação para todos os estados e que já requisitou informações sobre os estoques e as necessidades mais urgentes. O Governo do Rio, responsável pela unidade de saúde que já enfrenta problemas para a compra de medicamentos, não se pronunciou.

A Prefeitura também não respondeu sobre a possibilidade de ceder medicamentos ao Pedro Ernesto.