A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou nesta quinta-feira (13) o uso emergencial da associação de anticorpos banlanivimabe e etesevimabe no tratamento contra a Covid-19.
Esse medicamento é produzido pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil.
Banlanivimabe e etesevimabe são substâncias produzidas em laboratório que, injetadas no organismo, atuam como todos os outros anticorpos presentes no corpo humano, identificando e neutralizando agentes invasores nocivos à saúde.
Os medicamentos devem ser administrados juntos, em dose única, e são indicados para o tratamento das formas leve a moderada em adultos e crianças com 12 anos ou mais e que pesem pelo menos 40 quilos.
Esses pacientes devem apresentar ainda alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação.
A associação não deve ser usada em pacientes que já estejam hospitalizados com Covid-19 ou que necessitem de oxigênio ou ventilação mecânica em seus tratamentos.
O medicamento não poderá ser adquirido em farmácias, e a autorização da Anvisa é para uso por hospitais.
A eficácia do medicamento foi atestada por estudo clínico que apontou uma redução de 70% nos índices de hospitalização relacionada à Covid-19 e de óbitos por qualquer causa.
No entanto, o gerente de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, apontou que o medicamento não tem eficácia contra a variante brasileira, a P1, que é predominante no país.
Por ser um medicamento aprovado em uso emergencial, a segurança e a eficácia dos anticorpos continuarão a ser avaliadas por estudos em andamento.
Os possíveis efeitos adversos incluem reação alérgica, febre, calafrios e coceira.