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Anvisa decide nesta quinta sobre CoronaVac para crianças e adolescentes

É o segundo pedido de uso emergencial do imunizante a ser analisado pela agência; Governo de SP está confiante na aprovação

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Liberação da CoronaVac para crianças será analisada pela Anvisa nesta quinta (20).
Liberação da CoronaVac para crianças será analisada pela Anvisa nesta quinta (20).
Foto: Secretaria de Saúde do DF

A diretoria da Anvisa analisa nesta quinta-feira (20) o pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac em menores de idade entre 3 e 17 anos de idade. A reunião que vai discutir o tema está marcada para 10h em Brasília. Atualmente, apenas a Pfizer tem autorização para ser aplicada no público com menos de 18 anos, limitado aos maiores de 5 anos.

Este é o segundo pedido do Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento do imunizante, que será analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anteriormente, em julho, os técnicos apontaram que faltavam dados sobre os estudos técnicos utilizados para garantir a eficácia da vacina.

A CoronaVac já é aplicada na faixa etária entre 3 e 17 anos de idade no Chile, na China, no Equador, na Indonésia e outros países. Mais de oito milhões de doses nesse grupo já foram aplicadas e sem a ocorrência de eventos adversos graves, segundos os pesquisadores.

A CoronaVac para crianças e adolescentes tem a mesma formulação da vacina aplicada em adultos e já aprovada anteriormente pela Anvisa. A diferença está na dosagem autorizada para os menores.

Estudos realizados na China e os dados epidemiológicos do Chile, onde já é usada, foram apresentados aos técnicos para pleitear a liberação do imunizante.

O governador de São Paulo, João Doria, disse em entrevista à BandNews FM estar confiante na aprovação do imunizante e afirmou que será a chance de avançar rapidamente na imunização do público infantil.

Segundo o governo paulista, 15 milhões de doses da CoronaVac estão prontas para aplicação nos menores de idade, sendo que 10 milhões estão separados para o estado de São Paulo. O Ministério da Saúde não tem contrato com o Butantan para o fornecimento das doses.

A CoronaVac é uma vacina de vírus atenuado, isso quer dizer que um pedaço do vírus morto é utilizado para induzir uma resposta do sistema imunológico e criar anticorpos que protejam o vacinado.

No início da campanha de vacinação no Brasil, em janeiro de 2021, a CoronaVac representava mais de 80% das doses aplicadas, mas perdeu participação no PNI com a chegada de imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer. O Ministério da Saúde decidiu não comprar novas doses do imunizante chinês e não recomendou a vacina como dose adicional quando da necessidade de aplicação da terceira dose.

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