Após morte de empresário, investidores de criptomoedas serão investigados

Os policiais querem saber quem são os membros da organização criminosa que se beneficiam com os golpes

Wesley Pessano Santarém, de 19 anos, investidor de criptomoedas e influenciador digital.  Foto: Reprodução
Wesley Pessano Santarém, de 19 anos, investidor de criptomoedas e influenciador digital.
Foto: Reprodução

Uma semana após a morte do investidor em criptomoedas Wesley Pessano Santarém, de 19 anos, executado a tiros em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, a Ares Consultoria e Investimentos, da qual ele era sócio, anunciou que está encerrando as suas atividades. A Polícia não descarta que Wesley tenha sido alvo de vingança por ter aplicado golpes na região.

Empresários ligados ao mercado de transação de moedas virtuais que movimentaram milhões de reais serão alvo de uma investigação da força-tarefa da Polícia Civil que apura crimes ligados ao meio digital. Milhares de pessoas seriam vítimas do golpe da pirâmide virtual. Duas empresas que atuam na Região dos Lagos com criptomoedas são acusadas de aplicar golpes em investidores. Os donos das companhias serão intimados a depor.

O Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro passou a integrar o grupo de investigação. Os policiais querem saber quem são os membros da organização criminosa que se beneficiam com os golpes.

Além disso, a Polícia Civil quer impedir que milicianos, traficantes e outros criminosos passem a atuar no ramo de criptomoedas e criptoativos para lavagem de dinheiro. No fim do ano passado, a corporação chegou a identificar as primeiras movimentações financeiras desse tipo por parte integrantes de quadrilhas ligadas ao tráfico e à milícia.