O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que a vacinação dos brasileiros é “a melhor política fiscal, mais barata e a de maior impacto”. “A primeira medida fiscal, de saúde pública, de tudo, é a vacinação em massa”, declarou o ministro.
A fala de Guedes é uma resposta à carta assinada por mais de 500 banqueiros, economistas e empresários brasileiros, que solicita medidas efetivas no combate ao coronavírus ao Governo Federal, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal.
No documento, o grupo lembra que o Brasil é hoje o epicentro da doença, alerta para o esgotamento de recursos na saúde e diz que a situação econômica e social é desoladora. Eles afirmam que a saída definitiva é a imunização em massa, destacando que, sem vacinação rápida, empresas fecharão e haverá mais demissões.
Sem citar nomes, a carta diz ainda que a postura adotada por líderes políticos pode fazer diferença para o bem ou para o mal, como dificultar a adesão da população a comportamentos responsáveis e ampliar o número de infectados.
Lockdown deve ser avaliado
O texto também sugere um lockdown, ou seja, medidas mais restritivas de circulação, afirmando que “a necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração”.
O grupo também incentiva o distanciamento social e o uso de máscaras, inclusive de modelos mais eficientes como o PFF2 com distribuição gratuita à população.
Assinaram o documento os banqueiros Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira, e o empresário Horácio Lafer Paiva, da Klabin.