Dois funcionários brasileiros foram demitidos pela embaixada da Hungria em Brasília como punição pelo vazamento de imagens do circuito interno que mostram a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 12 de fevereiro deste ano.
Em meio à investigação por tentativa de golpe de Estado, o jornal americano The New York Times publicou uma reportagem mostrando a visita do ex-presidente durante o Carnaval, após uma operação da Polícia Federal. A informação do desligamento dos funcionários é do repórter Caiã Messina, da TV Band, que afirma que, mesmo sem comprovar a participação dos funcionários na divulgação dos vídeos, a representação húngara optou pelo desligamento de brasileiros.
Desde que veio à tona a notícia de que Bolsonaro passou duas noites na embaixada, onde não poderia ser preso, a representação diplomática abriu uma apuração interna para tentar descobrir como a informação foi vazada. A apuração preliminar mostra que a dupla de funcionários demitidos tinham acesso ao monitor que exibia as imagens em tempo real.
Chamado, na semana passada, para dar explicações ao Palácio Itamaraty sobre a hospedagem ao ex-presidente da República, o embaixador Miklós Halmai repetiu a versão de Bolsonaro. Segundo o Governo Federal, Halmai disse que o recebeu para conversar sobre interesses dos dois países, Brasil e Hungria, o que gerou incômodo na diplomacia brasileira.