A equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu colaborar com o Tribunal de Contas da União e enviou informações sobre pagamentos feitos durante a Operação Lava Jato para funcionários do Ministério Público.
A informação exclusiva foi divulgada pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.
A investigação apura se os procuradores que trabalhavam na força-tarefa receberam diárias para custear o trajeto e hospedagem em Curitiba, como se morassem em outra cidade e apenas trabalhassem no Paraná de forma esporádica, o que não era o caso. Os pagamentos ocorreram enquanto Rodrigo Janot era o procurador-geral da República.
Os dados apurados apontam que, oficialmente, os procuradores não haviam sido transferidos para Curitiba e, por isso, recebiam o auxílio. Segundo a conclusão conjunta do MP e do TCU, a opção escolhida não seguiu o modelo de menor custo possível para o país e, por isso, configurou renda extra aos envolvidos.
Entre os investigados, o ex-procurador Deltan Dallagnol é apontado como o idealizador do esquema e deve devolver o dinheiro de forma solidária. O ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que se filiou ao partido Podemos, pode ser punido e se tornar inelegível na eleição de 2022. A mesma condição será aplicada a Rodrigo Janot, que comandava a Procuradoria-Geral da República na época. A soma dos gastos dos procuradores chega a mais de R$ 2.5 milhões.