Uma equipe do Ministério de Gestão e Inovação foi ao Arquivo Nacional nesta quarta-feira (15) para planejar as medidas emergenciais necessárias para a preservação do acervo atingido pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro no início da semana.
Sete caixas com documentos oficiais foram destruídas devido a um vazamento de água no complexo de prédios. Elas pertenciam ao fundo “Negócios de Portugal”, que tinha registros do Brasil Colônia e do período do Império. Documentos do acervo da Companhia Brasileira de Infraestrutura Fazendária também foram danificados.
Problemas na estrutura do prédio no Centro da capital fluminense são denunciados há anos pelos funcionários da instituição, que relaram um maior abandono e redução na verba destinada para manutenção ao longo do último governo.
A ministra Esther Dweck garantiu em uma postagem no Twitter que a preservação do acervo é prioridade da pasta neste momento: “Uma equipe do Ministério estará hoje na sede do Arquivo Nacional para tomar medidas emergenciais de preservação do acervo em razão das chuvas no Rio de Janeiro”.
Esther também nomeou a historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto para assumir a direção do espaço histórico. A intenção é que a profissional implante novas medidas de preservação do acervo.
De acordo com o Arquivo Nacional, foram registrados vazamentos de água no bloco F, mas, com sorte, o acervo mantido no local não foi atingido.
Devido às chuvas, foi suspensa a produção de cópias digitais de filmes, vídeos e gravações sonoras até o dia 10 de março. A direção do espaço justificou ser necessário deslocar uma estrutura usada na digitalização de documentos audiovisuais e sonoros.