O atendimento primário de saúde infantil no Brasil recebeu de pais e responsáveis uma nota abaixo do padrão mínimo de qualidade. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, que pela primeira vez, ouviu brasileiros que levam crianças aos postos de saúde para receber atendimento médico.
A nota atribuída ao serviço foi de 5,7, enquanto o número ideal seria de 6,6, segundo o IBGE. O levantamento foi feito em parceria com o Ministério da Saúde e corresponde ao segundo trimestre de 2022.
Cerca de 47,6% dos responsáveis pelas crianças atendidas deram nota 9 ou 10 ao serviço de saúde pública. Por outro lado, para 33% dos responsáveis, a nota atribuída aos serviços de saúde seria 7 ou 8, enquanto 19,4% deram de 0 a 6, em uma escala onde "0" é não recomendaria e "10" com certeza recomendaria.
De acordo com o IBGE, as principais motivações dessas avaliações foram a conduta dos profissionais na resolução de um problema (35,7%) e a maneira como eles acolhem a criança (32,4%).
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, disse que apesar da avaliação positiva dos pais ou responsáveis em relação à prestação de serviços, a pontuação obtida significa a necessidade de aperfeiçoamento do trabalho.
A pesquisa apurou que, dos 38 milhões de crianças menores de 13 anos no Brasil, em 2022, mais de 82% receberam atendimento através de algum serviço de Atenção Primária à Saúde no SUS.
De uma forma nacional, a avaliação da Atenção Primária ficou abaixo do padrão mínimo em todas as Unidades da Federação. O Sul obteve a maior (6,0) e o Norte, a menor (5,4).
Nenhum estado atingiu o resultado considerado padrão-mínimo de qualidade (6,6), com Mato Grosso (6,4) chegando mais perto e Amazonas (4,9) e Rondônia (4,8) com o menor.