O ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirma que jamais tratou sobre política com seus subordinados e que nunca esteve em acampamentos "golpistas" montados em frente a quartéis.

Em depoimento à CPMI que investiga os atos do dia oito de janeiro, o general, que foi aplaudido por apoiadores de Jair Bolsonaro ao chegar no plenário, também negou que tenha dificultado a transição de governo dentro do GSI, quando o novo governo foi eleito.

Heleno afirmou que o GSI não tinha nenhuma missão extraordinária no dia da eleição do ano passado e que o contato dele com membros do órgão se encerrou à meia-noite do dia primeiro de janeiro de 2023.

Apesar de ter sido autorizado pelo ministro do STF, Cristiano Zanin, a ficar em silêncio, o ex-chefe do GSI, até aqui, tem respondido a todos os questionamentos feitos pela senadora Eliziane Gama, do PSD, relatora da CPMI.

O General Augusto Heleno diz que não conhece o coronel Lawand Junior e nega ter participado de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro que é citada em conversas trocadas por Lawand e Mauro Cid.

Em um relatório da Polícia Federal, há uma conversa entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e o Coronel e, nas mensagens, Lawand Junior recebe a informação de Cid, de que Heleno esteve com Jair Bolsonaro e "cumpriu o que disse que faria".

A relatora, Eliziane Gama questionou o Augusto Heleno sobre a reunião e ao que, exatamente, Mauro Cid se referia quando mencionou o nome dele na conversa.

O ex-chefe do GSI continua dizendo que não se recorda da reunião e que não houve um planejamento de ações relativas aos atos do dia 08/01.