A morte do diretor e dramaturgo Zé Celso teve grande repercussão entre autoridades nesta quinta-feira (06). O ator, de 86 anos, não resistiu aos ferimentos causados por um incêndio na casa dele, na última terça-feira (04), na zona Sul de São Paulo.
O presidente Lula publicou em suas redes sociais um texto se despendido do artista. "Corajoso, sempre defendeu a democracia e a criatividade, muitas vezes enfrentando a censura. Foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do teatro."
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, escreveu sobre a importância e trajetória do autor para as artes cênicas. "Irreverente, provocativo e dono de uma enorme capacidade inventiva, Zé Celso tornou o Teatro Oficina um patrimônio da cultura brasileira e um celeiro de talentos para nossos palcos", afirmou.
Já a ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o ator foi "mais do que um artista, foi um árduo defensor da democracia e usou o teatro para exaltar a liberdade e afrontar os arbítrios da ditadura militar".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a morte do dramaturgo também faz morrer "uma parte do sentimento de ousadia e coragem do teatro brasileiro".
A cidade de São Paulo decretou luto oficial de 3 dias. No decreto, o prefeito, Ricardo Nunes, destacou a "relevância e singularidade da trajetória do dramaturgo Zé Celso, cuja atuação revolucionou as artes cênicas brasileiras".