No próximo domingo (31), será depositada a última parcela do Auxílio Emergencial. O programa de transferência de renda, que teve início em abril do ano passado, por causa da pandemia, vai terminar sem que o governo federal tenha definido um substituto para atender às famílias em situação de vulnerabilidade.
O fim do ciclo de pagamentos também marca o término do Bolsa Família, programa social criado há 18 anos e que atendia 14 milhões de famílias até o início dos pagamentos do Auxílio Emergencial.
O governo chegou a anunciar o Auxílio Brasil, um programa que deveria substituir o Bolsa Família. Mas nesta quinta-feira (28), a possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial começou a ser defendida pela ala política do governo, caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada nas próximas semanas.
Como paliativo, o governo pretende começar pagamentos parciais do Auxílio Brasil no dia 17 de novembro, mas ainda sem definição de onde sairá o dinheiro.
Segundo o Ministério da Cidadania, neste ano, 39 milhões de famílias foram beneficiadas pelo Auxílio Emergencial, mas 25 milhões não fazem parte do público do Bolsa Família e ficariam desassistidas.
De acordo com os dados mais recentes do IBGE, 13,7 milhões brasileiros são extremamente pobres, ou seja, têm rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 151.
Segundo o Ministério da Cidadania, em 2020, 68 milhões de brasileiros foram beneficiados com o Auxílio, que, no mesmo ano, teve um aporte financeiro de R$ 295 bilhões.
Mas, esse ano, o programa encolheu. Uma redução de cerca de 40% no número de beneficiários e de 75% no comparativo entre os valores das menores parcelas. No total, foram pagas 16 parcelas.
Em nota, o Ministério da Cidadania informou apenas que tem trabalhado sistematicamente para fortalecer os programas sociais e estabelecer uma rede de proteção para a população em situação de vulnerabilidade.