Contas do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, são bloqueadas por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, depois de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (1º) ter como alvo a irmã do ministro.
A Polícia Federal investiga desvios de uma emenda parlamentar destinada por Juscelino Filho ao município de Vitorino Freire, no Maranhão, que tem como prefeita a irmã dele Luanna Rezende.
O montante de R$ 835 mil pode ser usado para recuperar supostos valores desviados da estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), de controle do Centrão.
O ministro Barroso negou o pedido da Polícia Federal para que fosse autorizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro. No entanto, autorizou o bloqueio dos recursos.
A irmã de Juscelino Filho foi afastada do cargo de prefeita de Vitorino Freire e teve também bloqueios de bens autorizado pelo STF.
Em nota, a defesa de Juscelino Filho diz que toda a atuação do ministro tem sido “pautada pelo interesse público”, e que as emendas parlamentares são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso. O ministro ressaltou que “segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades e demonstrar que não houve qualquer irregularidade”.
Confira a nota do ministro Juscelino Filho:
"Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades. Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Juscelino Filho