O bicheiro Rogério Andrade, um dos maiores contraventores do Rio de Janeiro, foi alvo, na manhã desta sexta-feira (10), de uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público para combater a lavagem de dinheiro. Parentes de Andrade também estão entre os alvos da Operação Pequod.
Foi determinado ainda o sequestro de imóveis e veículos, como iates e carros de luxo, e os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em 25 endereços, como em um apartamento na Barra da Tijuca, uma casa de Angra dos Reis e em uma fazenda na Bahia.
Os investigadores identificaram cerca de R$ 42 milhões que são decorrentes de patrimônio adquirido com o dinheiro da exploração de jogos de azar. Existem indícios ainda que Rogério utilizava empresas legalizadas, ou seja, possuíam arrecadação lícita, para investir o dinheiro do jogo do bicho, máquinas de caça-níqueis e bingos.
O inquérito foi instaurado em 2018 e concluído no ano passado, com o indiciamento de envolvidos nos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O período analisado de irregularidades foi de 2012 a 2018.
O investigado foi preso em agosto do ano passado após mandado pela 1° Vara Criminal Especializada da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, durante a Operação Calígula, que investigava que uma pessoa ligada a Rogério realizava pagamento de propina para a policiais de delegacias especializadas.
Em dezembro passado, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, Andrade foi solto e está usando tornozeleira eletrônica.