Boate Kiss: STF forma maioria para manter condenação e prisão dos réus por tragédia

Ministros julgam recursos apresentados pela defesa dos condenados a mais de 18 anos de cadeia

Da redação

Boate Kiss: STF forma maioria para manter condenação e prisão dos réus por tragédia
Tragédia da Boate Kiss completou 12 anos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta segunda-feira (3) para manter a condenação e a prisão dos réus no caso da tragédia da Boate Kiss. O caso ocorreu em janeiro de 2013 e 242 pessoas morreram após o incêndio na casa de shows de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 

Edson Fachin e Gilmar Mendes seguiram o entendimento do colega Dias Toffoli para manter decisão que, em setembro, determinou também a prisão imediata dos acusados. A sessão virtual aberta em dezembro analisa a apelação dos réus contra decisão que reestabeleceu as penas de até 22 anos impostas pelo Tribunal do Júri gaúcho.

Ainda restam votar os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques. A previsão é que o julgamento seja encerrado às 23h59 desta segunda

Elissandro Spohr, Mauro Hoffman, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha foram todos condenados a mais de 18 anos de prisão.

Tragédia na Boate Kiss

O incêndio na Boate Kiss aconteceu em 27 de janeiro de 2013 depois que um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que fazia uma apresentação ao vivo, acendeu um sinalizador, e faíscas acabaram incendiando a espuma que fazia o isolamento acústico. 

A queima liberou gases tóxicos e matou, por sufocamento, a maior parte das vítimas. Além disso, o local não contava com saídas de emergência adequadas, e os extintores eram insuficientes e estavam vencidos.

Condenações

Os ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha foram condenados a 22 anos e seis meses, 19 anos e seis meses e 18 anos de prisão, respectivamente, pelo tribunal do júri. 

As sentenças, porém, foram anuladas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostas falhas no júri. Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai dar a decisão final sobre a validade das condenações. 

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