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Bolsonaro aceita depor presencialmente à Polícia Federal

STF adiou julgamento sobre possível interferência do presidente na PF

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Bolsonaro pediu para que seja ouvido em local, dia e hora previamente combinados
Bolsonaro pediu para que seja ouvido em local, dia e hora previamente combinados
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes retirou da pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal um recurso apresentado por Jair Bolsonaro contra decisão que determinava que o presidente prestasse depoimento presencialmente. A decisão do ministro aposentado Celso de Mello faz parte do inquérito que apura declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre suposta tentativa de Bolsonaro interferir politicamente na Polícia Federal.

Celso de Mello havia entendido que a prerrogativa de prestar depoimento por escrito aos chefes dos três Poderes da República se aplica somente aos casos em que eles figurem como testemunhas ou vítimas, e não como investigados ou réus.

Minutos antes da sessão desta quarta-feira (6), o atual relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, recebeu uma petição da Advocacia-Geral da União com uma manifestação de Jair Bolsonaro. Nela, o presidente informa seu interesse em prestar depoimento presencialmente. 

Bolsonaro também pediu para que seja ouvido em local, dia e hora previamente combinados. Segundo o presidente, essa prerrogativa compatibilizará o pleno exercício das funções de chefe de Estado e o seu direito de defesa.

Diante da manifestação, Alexandre de Moraes pediu a retirada de pauta para verificar se será necessário continuar o julgamento do recurso ou se fica configurada a perda de objeto de análise.