O ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, não será punido pelo Exército por ter participado de um evento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O Centro de Comunicação Social do Exército informou, em nota, que o Comandante do Exército "analisou e acolheu os argumentos apresentados" por Pazuello.
Por isso, a avaliação foi a de que não foi constatada a prática de transgressão disciplinar por parte do general. Com isso, o procedimento administrativo acabou arquivado apesar de o Regimento Interno do Exército proibir a participação de militares da ativa em manifestações políticas.
Sem citar diretamente Pazuello, Bolsonaro falou sobre punições no Exército em sua live semanal. A decisão também repercutiu entre parlamentares e diversos integrantes da CPI da Pandemia se manifestaram.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz, disse que a decisão do Exército é interna e administrativa e que não caberia a ele avaliar.
A senadora Simone Tebet, do MDB, que tem participado das audiências da CPI, afirmou nas redes sociais que "não punir Pazuello abre precedente à insubordinação".
O senador Jean Paul Prates, do PT, também se manifestou nas redes sociais e questionou "quantos vão afrontar a regra com base na jurisprudência aberta por conta de Pazuello?"
Na última quarta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão foi questionado sobre a situação de Pazuello tendo em vista que ele foi indicado para outro cargo no governo.
O general foi nomeado para ser secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.