O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (05), que o PL vai contratar uma empresa de fora do Brasil para fazer auditoria nas urnas eletrônicas antes das eleições de outubro. Em uma transmissão pela internet, ele disse que já combinou a medida com Valdemar Costa Neto, presidente da atual sigla de Bolsonaro. A empresa responsável pelo serviço seria de ponta e com atuação em todo o mundo.
Bolsonaro defendeu que a auditoria está prevista na legislação e que, se o custo ficar muito alto, vai chamar outros partidos para participar da iniciativa. Apesar do anúncio, o presidente não revelou o nome da companhia que será contratada. Bolsonaro declarou também que o serviço vai ser feito assim que a empresa for contratada: “até adianto para o TSE. Essa auditoria não será feita após as eleições. Uma vez contratada, ela começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE uma quantidade grande de informações. Vai pedir às Forças Armadas o trabalho que fizeram até agora”.
A fala vem logo depois de a agência internacional de notícias Reuters publicar que William Burns, diretor da Central de Inteligência dos Estados Unidos, se reuniu com o governo brasileiro para pedir, no ano passado, que o presidente parasse de colocar dúvidas sobre o sistema eleitoral. De acordo com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, a conversa nunca existiu: “esta conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições nem nos Estados Unidos nem aqui. Foi uma notícia falsa”.
As Forças Armadas foram convidadas pelo TSE para participar do Comitê de Transparência Eleitoral. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pediu que o Tribunal divulgasse as sugestões apresentadas pela pasta sobre o processo eleitoral. Procurado, o TSE afirmou que a fiscalização do pleito está prevista na Lei das Eleições. Inclusive, lembra a nota, os partidos políticos e os cidadãos podem fazer as próprias auditorias pelo Registro Digital do Voto e por meio do Boletim de Urna, emitido pelo mesário ao final da votação.