O presidente Jair Bolsonaro informou, nas redes sociais, que enviou ao Senado Federal uma mensagem propondo um segundo mandato para o Procurador-Geral da República, Augusto Aras.
A atual gestão se encerra em setembro, já que o mandato do PGR dura dois anos. Com isso, cabe ao presidente escolher um sucessor - que pode ou não fazer parte da lista tríplice formada e votada por procuradores da República.
De 2003, quando o ex-presidente Lula ainda estava no poder, até 2017, era tradição que o chefe do Executivo indicasse o mais votado da lista tríplice para a função de chefia do Ministério Público Federal.
Quando Aras foi indicado em 2019, ele também não estava presente dentre os três nomes sugeridos.
Neste ano, em junho, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) já havia formado sua lista com sugestões para o presidente da República. Com 647 votos, a subprocuradora Luiza Frischeisen ficou em primeiro lugar.
No Twitter, ela afirmou que o MPF "demonstrou que quer a (o) PGR escolhido (a) pela lista tríplice". Frischeisen também relembrou o processo pelo qual Aras ainda deve passar para ser reconduzido ao cargo.
Já a ANPR defendeu que ignorar a lista tríplice "representa a quebra de um procedimento que está perfeitamente alinhado à Constituição".
Com a indicação de Augusto Aras pelo presidente, o atual Procurador-Geral da República deverá ser novamente sabatinado pelo Senado - que decide, por meio de votação, se aceita a nomeação.