O presidente Jair Bolsonaro volta a defender a implantação do voto impresso no Brasil. Segundo Bolsonaro, essa é a única forma do país adotar a auditoria do sistema eleitoral. Nesta quarta-feira (05), durante um evento no Palácio do Planalto, ele pediu que o Congresso Nacional vote a PEC do voto imprenso. Bolsonaro afirmou que espera a promulgação da PEC ainda este ano para a que já seja aplicada nas eleições do ano que vem.
“... Aqueles que acreditam que não há fraude, por que ser contra? Agora, se vocês promulgarem o voto auditável, ele será executado por ocasião das eleições do ano que vem, repito, será posto em prática. Ninguém vai contestar em lugar nenhum, a constitucionalidade de uma ação por parte dos senhores parlamentares nessa questão", declarou.
O chefe do Executivo afirmou que em caso de aprovação, já será possível colocar o processo em pratica para a eleição de 2022.
O Supremo Tribunal Federal é contra a mudança no sistema de votação, afirmando que a alteração pode gerar insegurança jurídica em relação aos processos eleitorais do Brasil.
Segundo o presidente, é possível que ainda nesta semana seja instalada uma comissão paa discutir a Proposta de Emenda à Constituição para tratar sobre o voto impresso auditável.
No evento sobre a chegada do 5G ao Brasil, Bolsonaro falou ainda sobre o pandemia no país e uma possível regulamentação das redes sociais.
PANDEMIA
Bolsonaro também voltou a apostar em um discurso negacionista em relação à pandemia. O presidente chegou a citar a possibilidade de editar um decreto contra medidas de isolamento físico adotadas por Estados e Municípios.
Na cerimônia sobre o 5G no Brasil, o chefe do Executivo afirmou que a população precisa ter garantido o direito de ir e vir, e que todos sabem a letalidade da Covid-19.
O presidente disse ainda que ninguém pode ser feliz sem liberdade, e que se for o caso, ele mesmo pode baixar um decreto contra as ações de isolamento.
REGULAMENTAR AS REDES SOCIAIS
Jair Bolsonaro disse que tem um dos perfis que mais interagem nas redes sociais, e que pretende editar um decreto para 'regulamentar as redes sociais'.
Além disso, ele destacou que o próprio filho, Carlos Bolsonaro, é o responsável pelas ações de marketing dele, e que o vereador tem sido perseguido nos últimos anos.
Bolsonaro também negou a existência de um gabinete do ódio, e afirmou que vai colocar uma placa para simbolizar o que chamou de 'gabinete da verdade'.