O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (16) em relação às investigações sobre uma possível falsificação dos dados do cartão de vacinação contra a Covid-19. Ele foi ouvido na sede da corporação em Brasília, acompanhado do advogado Paulo Cunha.

No depoimento, que durou cerca de três horas, Bolsonaro voltou a negar que determinou a inserção de dados falsos no portal ConecteSUS, já que não se vacinou contra a Covid-19.

O ex-presidente ainda foi perguntado acerca de uma possível fraude no cartão da filha mais nova, Laura. Ele afirmou que a filha também não se vacinou e foi para os Estados Unidos com um laudo médico que autorizava a entrada dela no país.

Poucos dias antes de sair do governo, Bolsonaro e a família deixaram o Brasil rumo aos Estados Unidos e a PF acredita que essas informações falsas tenham sido inseridas para facilitar a entrada.

Sobre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o ex-presidente admitiu à PF que ele gerenciava o perfil dele na ferramenta, mas não sabia quem fazia o mesmo com a conta da filha de 12 anos.

As investigações apontaram que o Mauro Cid acessou a conta do ex-chefe do Executivo, perfil no qual constava a aplicação de duas doses da vacina da Pfizer.