O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende seguir a vida pública mesmo que fique inelegível. Ele afirmou em entrevista à colunista da BandNews FM Mônica Bergamo que reconhece a tendência do Tribunal Superior Eleitoral para retirar seus direitos políticos. No entanto, intitulando-se "imbrochável", afirmou que vai "continuar fazendo a parte dele". Ele ainda acredita na absolvição mas, em caso de derrota, confia em uma eventual mudança futura na composição da corte para reverter a decisão.
Bolsonaro ressaltou a "força popular" e o apoio de seus simpatizantes mesmo após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Durante a conversa, ele elogiou a esposa, Michelle Bolsonaro, e disse que a ex-primeira dama aprendeu a discursar em atos públicos sem treinamentos e que não conhecia esse lado dela. Apesar de cogitar uma candidatura de Michelle em 2026, reconhece que ela não tem a experiência necessária: "Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso. Mas é excelente cabo eleitoral", afirmou.
Bolsonaro não garante apoio ao nome de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, para uma eventual disputa presidencial e garante, mesmo sem revelar qual, ter uma "bala de prata" para 2026.
Mônica perguntou sobre a possibilidade do presidente, caso fique inelegível, deixar o Brasil e ele respondeu que, embora seja algo que avalie, prefere ficar no país.