O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir nessa segunda-feira com representantes da Petrobras e da área econômica do governo, incluindo o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.
Na pauta, o preço dos combustíveis em meio a tensão entre Irã e Estados Unidos.
Após o ataque americano que matou um general iraniano, o preço do petróleo subiu 3,5% e chegou a quase US$ 70, o maior valor em oito meses.
A variação pode ser repassada pela Petrobras para as distribuidoras, já que o preço dos combustíveis varia de acordo com a cotação do produto e da moeda americana.
Em entrevista a Band, Bolsonaro afirmou que conversou com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e descartou qualquer tipo de intervenção na política de preços da estatal.
Líderes dos caminhoneiros enviaram recados ao Planalto demonstrando preocupação com a possibilidade de elevação no preço do diesel.
Para o economista e ex-diretor do Banco Central Eduardo de Freitas, o governo federal deve assegurar o livre mercado, sem pressões ou tabelamento de preço.
O governo avalia que a instabilidade no preço dos combustíveis deve ser rápida.
O professor de Relações Internacionais da FAAP Vinicius Rodrigues Vieira explica que a tensão entre Estados Unidos e Irã gera uma especulação no mercado de petróleo, o que acaba afetando os preços.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis, o preço médio da gasolina, em 2019, subiu quase 5% no Brasil.
O etanol teve o maior reajuste, com alta de 11,5%; o diesel aumentou quase 9%.