O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, decretou luto nacional de três dias e prometeu vingança pelo assassinato de um dos principais líderes da Guarda Revolucionária Iraniana, o general Qassem Soleimani. O militar morreu após uma bombardeio promovido pelos Estados Unidos.
Segundo a imprensa norte-americana, o Exército do país está em alerta máximo para possíveis reações iranianas. Em Israel, os militares também estão mobilizados, assim como o grupo Hezbollah e outras milícias regionais pró-Irã.
O bombardeio realizado pelos EUA gerou também repercussão de organismos internacionais. A relatora especial da ONU para execuções extrajudiciais, Agnes Callamard, afirmou que o governo americano precisa comprovar que o representante do governo iraniano apresentava riscos ao país.
Segundo ela, a ação dos Estados Unidos, provavelmente, foi ilegal. O Pentágono confirmou que o bombardeio foi ordenado pelo presidente Donald Trump. De acordo com a Casa Branca, Qassem Soleimani planejava ataques contra bases norte-americanas.
Soleimani era um dos homens mais poderosos do país e muito próximo ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Responsável por operações especiais fora do território iraniano desde 1998, o general também era apontado como principal nome da estratégia militar e geopolítica do Irã.
O ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javad Zarif, classificou a morte de Soleimani como “um ato de terrorismo internacional”. Ele ainda afirmou que os Estados Unidos são responsáveis por todas as consequências deste ato.