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Boris Johnson fala em “tsunami da Ômicron” e quer acelerar dose de reforço

Boris Johnson disse que duas doses da vacina podem não ser suficientes e fala que sistema de saúde terá dificuldade se casos aumentarem

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Em discurso na noite deste domingo (12), o primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, defendeu a aceleração da aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para conter um “tsunami da Ômicron”. A fala ocorreu momentos após o governo subir o nível de alerta da pandemia. Reportagem do jornal The Guardian, um dos principais do país, relata que hospitais voltaram a registrar fila para internações com o avanço da nova variante.

A partir desta segunda-feira (13), a dose de reforço da vacina passa a ser oferecida para todos os maiores de 30 anos.

Boris Johnson disse que duas doses da vacina parecem não ser suficientes para conter a variante. E afirmou que, até o Natal, todos os maiores de 18 anos terão a dose de reforço à disposição.

A Organização Mundial da Saúde decretou a cepa identificada primeiro na África do Sul como uma variante de preocupação. Desde então, cientistas do mundo todo tentam entender se a Ômicron escapa das vacinas e se é mais letal. Inicialmente, a nova cepa teria uma capacidade maior de transmissão.

A Pfizer anunciou na semana que passada que testes preliminares indicaram a eficácia de três doses do seu imunizante contra a Ômicron. Com apenas duas doses, a eficácia da vacina é menor, mas ainda importante.

A Inglaterra tem 68,5% da população plenamente vacinada, segundo o site Our World in Data. Mas o registro de casos está em alta no país. No sábado (11), foram reparados 50 mil novos casos, número superior aos 44 mil diagnósticos de uma semana atrás. Cerca de 33% dos britânicos já recebeu a dose de reforço.

Os militares foram convocados a ajudar na abertura de novos postos de vacinação e vão reforçar a campanha da dose de reforço.

O governo britânico também voltou a incentivar o trabalho remoto e espera implantar o passaporte da vacina para permitir a entrada de locais fechados, a medida, no entanto, precisa de aval do Parlamento. Uma sessão está marcada para terça-feira (14) para discutir o tema.

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