A falta de planejamento da Prefeitura de São Paulo está por trás dos buracos na cidade, segundo especialista consultado pela BandNews FM.
De 1º de janeiro até o dia 13 de abril, a administração municipal recebeu 54.978 solicitações de tapa-buraco. Deste total, 6.312 continuam em aberto.
Segundo dados da Secretaria Municipal das Subprefeituras, os distritos do Campo Limpo (3.565), Capela do Socorro (3.282), Butantã (2.899), Itaquera (2.656) e Pirituba-Jaraguá (2.378) lideram as reclamações.
O professor de Engenharia da USP São Carlos José Leomar Fernandes Júnior acredita que o maior problema é a falta de planejamento urbano. “Fazer remendo, como é feito, é antieconômico”, afirma o engenheiro.
No ano passado, a Prefeitura de São Paulo gastou R$ 199.808.405,12 com a operação tapa-buraco. Já a despesa com pavimentação, cujo edital estava parado, foi de apenas R$ 409.773,14.
Com o recurso, deu para recapear cerca de 66 quilômetros de vias públicas (664.911,89 m²), enquanto a malha viária da capital é de aproximadamente 17 mil quilômetros.
Para virar esse jogo, o engenheiro Leomar Fernandes defende a realização de manutenções preventivas e a criação de um sistema de gerência de pavimentos, como já ocorre fora do País, para monitorar a deterioração das ruas.
O prefeito Ricardo Nunes afirma que o edital de R$ 1 bilhão sobre recapeamento, lançado em julho passado, foi liberado recentemente pelo Tribunal de Contas do Município e que, nas próximas semanas, as obras devem começar.