O instituto Butantan entrega 2 milhões de doses da vacina CoronaVac nesta segunda-feira (10).
Com a remessa, o instituto soma mais de 45 milhões de doses entregues ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) desde 17 de janeiro. Na próxima quarta-feira (12), mais 1 milhão de doses serão disponibilizadas.
Os novos lotes entregues pelo Butantan completam a primeira parte do acordo com o ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses. O carregamento sofreu atraso após a entrega do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) vindo da China demorar mais do que o previsto.
O governador de São Paulo afirmou que cerca de 10 mil litros do insumo produzido para Sinovac aguardam liberação para serem enviados ao Brasil. João Doria voltou a criticar as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a China.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, alertou que o Brasil corre risco de ficar sem insumos para produzir imunizantes e disse que o problema é uma consequência das falas de Bolsonaro.
O governo de São Paulo acredita que, com os novos lotes prontos da CoronaVac nesta semana, será possível resolver o problema da falta da segunda dose.
Em São Paulo, cerca de 30 municípios suspenderam a aplicação da segunda dose na semana passada por falta de estoque do imunizante.
Em entrevista à Rádio BandNews FM, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, explica que houve um erro por parte dos gestores públicos.
As vacinas deveriam, sim, ter sido reservadas para a segunda dose.
No entanto, o médico tranquiliza as pessoas que temem não conseguir a imunidade contra a Covid-19 por causa dos atrasos.
Segundo Jean Gorinchteyn, a segunda dose se trata de um reforço para a primeira aplicação, que é a responsável por estimular o sistema imunológico.
Porém, quando o abastecimento da CoronaVac for normalizado, é importante as pessoas voltarem ao posto de saúde para completar a vacinação e garantir a imunização contra a Covid-19.
Pequim fornece insumos para a CoronaVac e também para a vacina de Oxford/AstraZeneca, que é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
Segundo o Butantan, até o dia 15 de maio, o Brasil deve receber mais insumos da China para continuar a produção da CoronaVac. Na última quinta-feira (6), a fabricação da vacina foi suspensa por falta de insumos.
Confira a entrevista de Jean Gorinchteyn: