O tenista brasileiro paralímpico Daniel Alves Rodrigues teve sua preparação para a disputa de três torneios na Europa, classificatórios para as Olímpiadas de 2024, em Paris, na França, interrompida por um incidente em um voo da Latam.
No último sábado (15), o atleta decolou de Belo Horizonte, em Minas Gerais, realizou uma escala em Guarulhos, na Grande São Paulo, e partiu em direção a Genebra, na Suíça. Ainda em solo brasileiro, quando chegou ao aeroporto de Guarulhos, Daniel percebeu que sua cadeira havia sido quebrada no translado aéreo.
Inicialmente, a empresa ofereceu uma compensação de US$ 60 pelos prejuízos causados. No entanto, o custo de uma cadeira de rodas personalizada para uso esportivo é de mais de R$ 20 mil.
“Essa cadeira, ela partiu. Não tem conserto. A cadeira é especial, é feita sob medida. Cada atleta tem a sua. Toda a especificação para cada eficiência. Uma solda, que é o que eles queriam pagar, não resolve o problema da cadeira. Danificou toda a estrutura”, explicou.
Após a repercussão do caso, a Latam se propôs a alugar outra cadeira ou consertar a peça quebrada. A sugestão ocorreu no dia em que Daniel iria estrear no primeiro dos três torneios que disputará em solo europeu. Mesmo sem conseguir treinar, o tenista não cogita desistir e deve atuar com uma cadeira emprestada de algum colega.
"É um ano importante para mim, preciso pontuar. Começo agora a classificação para os jogos paralímpicos de Paris, no ano que vem. É importante entrar em quadra e dar o melhor mesmo na pior forma do seu momento, daquilo que você tem para conseguir pontuar de alguma forma."
Posicionamento da empresa
Atualmente, Daniel encontra-se na posição número 21 na classificação mundial masculina de jogadores de tênis em cadeiras de rodas. Procurada, a Latam afirmou que lamenta os transtornos causados e que segue em contato com o cliente para que haja uma resolução do caso.