Um laudo anexado ao processo por homicídio doloso eventual contra o empresário Fernando Sastre Filho aponta que o veículo Porsche, envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva, estava a 136 Km/h no momento da batida. O carro de luxo conta com uma espécie de “caixa-preta”, que foi periciada pelo fabricante.
O acidente aconteceu no dia 31 de maio, na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste da capital paulista. A via tem velocidade máxima de 50 km/h. Fernando Sastre Filho atingiu a traseira do veículo onde estava Ornaldo, que não resistiu aos ferimentos. O empresário também responde por lesão corporal grave. O carona do veículo de luxo, um amigo dele, ficou gravemente ferido na batida. Para o Ministério Público, Fernando Sastre assumiu o risco de matar Ornaldo ao dirigir em velocidade acima do limite máximo permitido na avenida.
O MP também tenta provar que o empresário ingeriu bebida alcoólica antes do acidente. Testemunhas corroboram a acusação, inclusive uma amiga dele, que mudou a versão fornecida anteriormente e agora acusa o motorista de ter bebido. A defesa nega.
Até o momento, 17 das 25 testemunhas indicadas no processo já foram ouvidas. Fernando Sastre Filho, que está preso, deve prestar depoimento no dia 2 de agosto.