A Câmara dos Deputados deve voltar a analisar nos próximos dias o texto que equipara o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação a um homicídio.
O requerimento de urgência foi aprovado nesta quarta-feira (12) numa votação simbólica relâmpago.
O presidente da Casa, deputado Arthur Lira, declarou a matéria aprovada depois de apenas 23 segundos.
A medida faz com que o projeto seja votado diretamente pelo plenário, sem passar por comissões.
O texto é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e recebeu requerimento de urgência do deputado Eli Borges (PL-TO), que é coordenador da Frente Parlamentar Evangélica.
Parlamentares reclamaram da falta de transparência no momento da votação. Segundo a deputada Sâmia Bofim (PSOL-SP), o registro dos votos não foi feito no painel do plenário.
"Eu avalio a votação como uma votação irregular, porque o regimento indica que o presidente precisa, no mínimo, informar para o plenário qual o projeto que está sendo votado", disse a deputada.