BandNews FM

Câmeras de PMs mostram como foi liberação de motorista de Porsche após acidente

Após ouvir de mãe que Fernando Sastre iria para um hospital, policial autorizou que ele deixasse o local com a mãe sem teste do bafômetro. “Pode, pode ir lá"

Da redação

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Em meio à conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o acidente envolvendo o Porsche dirigido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que bateu em um Renault Sandero e causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, foram revelados os diálogos captados pelas câmeras corporais dos policiais miilitares que atenderam à ocorrênciia com Sastre e sua mãe, Daniela de Medeiros Andrade antes da liberação dos dois do local do acidente na zona leste de São Paulo. O motorista de luxo não fez o teste do bafômetro. A BandNews FM reproduziu os áudios trazidos primeiramente pela TV Globo.

“Você só lembra que estava com seu amigo?”, disse a policial após o acidente na madrugada de 31 de março..

“Não, a gente estava saindo da festa a gente ia ir (sic) para minha casa jogar sinuca. Aí, do nada, aconteceu um acidente horrível e aconteceu isso. Não lembro mais de nada”, disse Fernando à agente, que pediu para que ele assinasse seu depoimento em via eletrônica.

“Pode ir agora?”, perguntou em seguida a mãe de Fernando. “A senhora vai levar ele para qual hospital?”, questionou a agente. Após ouvir que o empresário iria ao Hospital São Luiz, na zona sul, a policial autorizou que ele deixasse o local. “Pode, pode ir lá". Daniela agradeceu a ela.

Porém, quando os agentes foram até a unidade de saúde no Ibirapuera para colher informações e para ele realizar o teste do bafômetro, foram informados que o motorista da Porsche não deu entrada em qualquer hospital da rede. O empresário só se apresentou à polícia cerca de 40 horas depois do acidente

Sindicância reconheceu erro dos PMs

Os policiais militares falharam ao não fazer o teste do bafômetro no motorista da Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar chegou à conclusão da falha a partir da análise das imagens das câmeras corporais dos agentes. Um procedimento foi aberto para a responsabilização dos policiais na esfera administrativa. 

Porsche a 156 km/h

Fernando Sastre de Andrade Filho estava dirigindo um Porsche a 156 quilômetros por hora no momento em que colidiu em um Renault Sandero. Segundo laudo, o veículo de luxo estava a 156 km/h, sendo que a velocidade máxima permitida na via em que o acidente ocorreu é de 50 km/h.

Polícia pede pela 3ª vez a prisão de Sastre

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito do acidente envolvendo o Porsche dirigido por Fernando Sastre de Andrade Filho, que bateu em um Renault Sandero e causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, e pediu a prisão do empresário pela terceira vez. 

Fernando foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, lesão corporal e fuga de local de acidente. 

Com a conclusão do inquérito pelo 30° Distrito Policial (Tatuapé), o caso será apreciado pelo Ministério Público, que poderá ou não denunciar Fernando pelos três crimes e deve decidir se concorda ou não com o novo pedido de prisão.

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