A colunista Lana Canepa, da BandNews FM, analisou durante a tarde desta quarta-feira (29) o relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a produtividade e os custos do Judiciário brasileiro no ano passado.

De acordo com o órgão, houve um aumento de 6,9% na produtividade do Poder Judiciário brasileiro em 2023. O relatório também indica que os custos com o setor foram de R$ 132,8 bilhões, que equivalem a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ou 2,38% dos gastos da União, Estados, Distrito Federal e municípios.

"É tão descolado da realidade do brasileiro. O corporativismo do Judiciário custa muito caro ao Brasil e a sede por mais é insaciável. É impressionante, um custo fenomenal. O Judiciário ainda disse que os gastos indicados pelo Conselho Nacional de Justiça não incluem o próprio CNJ e nem o Supremo Tribunal Federal (STF)", pontuou.

O Conselho Nacional de Justiça ainda pontuou que traz receita em forma de taxas, execuções fiscais, previdenciárias e Imposto de Renda. No entanto, a arrecadação corresponde a 52% dos custos com a atividade judiciária.

"Eles conseguiram arrecadar para cobrir 52% das despesas que eles geram. Fecha a conta? Se na sua casa, o seu salário fosse 52% do que você gasta, ia dar bom? Arrecadar bem mais do que se gasta é um problema. O custo por juiz aumentou 10% e a produtividade aumentou 6,8%. A gente está falando de um salário mensal, em média, segundo o próprio CNJ, de R$ 68 mil por juiz. Existe um teto constitucional que prevê que eles podem ganhar até R$ 44 mil. Estão ganhando acima do teto por conta dos penduricalhos", considerou.