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Cármen Lúcia vê indícios de interferência de Bolsonaro em escândalo do MEC

Requerimento para criação da CPI do MEC foi protocolado nesta terça-feira (28) no Senado

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Cármen Lúcia pediu que a PGR se manifeste sobre o assunto.
Cármen Lúcia pediu que a PGR se manifeste sobre o assunto.
Foto: Agência Brasil

Ao responder um pedido feito pelo deputado Professor Israel, do Distrito Federal, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, escreveu que vê a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro nas investigações no ministério da Educação com “gravidade”.

A afirmação está no encaminhamento que a ministra enviou para o Ministério Público Federal analisar, já que o parlamentar pediu que o presidente da República seja investigado no caso.

No processo, Cármen Lúcia pediu que a PGR se manifeste sobre o assunto, e cabe ao órgão afirmar se existem ou não indícios para que uma investigação seja aberta.

Em uma ligação telefônica interceptada pela Polícia Federal, o ex-ministro Milton Ribeiro diz para a filha que Bolsonaro havia lhe dito que estava com um “pressentimento" de que ele poderia ser usado para atingir o governo.

Além disso, o ex-ministro afirmou também sobre a possibilidade de ser alvo de um mandado de busca e apreensão, o que foi feito dias depois.

CPI

O requerimento para criação da CPI do MEC foi protocolado nesta terça-feira (28) no Senado Federal. Segundo o senador Randolfe Rodrigues, o documento totalizou 31 assinaturas.

O requerimento protocolado prevê que os trabalhos da comissão deverão ocorrer em 90 dias, com limite de despesas de 90 mil reais, para apurar as supostas irregularidades na destinação das verbas públicas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

A oposição cita os crimes de peculato, corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.

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