Caso Cid: Polícia Federal 'seguiu o dinheiro' e identificou transações suspeitas

Operações de busca e apreensão contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, foram realizadas nesta sexta (11)

Da Redação com Rodrigo Orengo

Caso Cid: Polícia Federal 'seguiu o dinheiro' e identificou transações suspeitas
Mauro Cesar Barbosa Cid, Tenente Coronel, em depoimento à CPI de 8 de janeiro
Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) realizou nesta sexta-feira (11) operações de busca e apreensão contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cesar Barbosa Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid - pai do assistente do ex-presidente - e do do advogado Frederick Wassef - que já defendeu o ex-mandatário.

A diligência ocorre em inquérito que investiga possíveis desvios de joias e bens de valores recebidos por meio de viagens oficiais da presidência da República.

Segundo o repórter Rodrigo Orengo, a investigação da PF identificou que bens foram vendidos no exterior, especificamente em Miami, nos Estados Unidos.

Ainda de acordo com o jornalista, há movimentações suspeitas também na conta do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e que as transações chamaram a atenção dos agentes federais.

Interlocutores da PF também pontuaram a Orengo que as investigações ocorreram após o órgão "seguir o dinheiro" nas contas dos envolvidos e as movimentações financeiras apontaram para possíveis irregularidades nos Estados Unidos.

Bens oficiais da presidência

Objetos de suposta comercialização no exterior, bens e itens recebidos pela figura do presidente da República precisam ser catalogados e armazenados nas dependências do poder Executivo federal.

Uma vez que o presente recebido foi dado ao presidente, o item torna-se bem público e não pode ser transacionado de maneira individual.

É o que aponta a Polícia Federal, em nota, sobre as investigações. Segundo o órgão, há a possibilidade da venda de bens públicos com depósito pessoal dos valores adquiridos.