O Ministério Público de São Paulo vai recorrer da decisão da Justiça que determinou a soltura de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isaballa Nardoni e acusada de matar a enteada em 2008. Ela foi condenada há 26 anos de prisão e obteve progressão para o regime aberto.
Em entrevista, a mãe da menina assassinada, Ana Carolina Oliveira, afirmou ver com “tristeza e indignação” a soltura.
Anna Carolina Jatobá deixou o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, na noite da última terça-feira (20). Ela cumpriu pena por 15 anos.
Segundo o MP, a defesa de Anna Carolina solicitou um pedido de progressão de pena e durante ação, o juiz da Vara de Execuções Penais determinou que fosse feito um teste psicológico, chamado Rorschach e conhecido como “teste do borrão de tinta”.
No entanto, a defesa recorreu ao STJ e a Procuradoria-Geral da República suspendeu a necessidade do teste. Com isso, a decisão de soltura foi assinada pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2º Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
Durante o regime aberto, o sentenciado pode trabalhar durante o dia, e à noite, voltar ao estabelecimento prisional determinado pela justiça.
Para não perder o benefício, o preso precisa cumprir algumas regras, como não deixar a cidade sem autorização.
Isabella Nardoni foi jogada da janela do apartamento do pai na zona norte de São Paulo. Anna Carolina e Alexandre Nardoni foram apontados como os responsáveis pelo assassinato. Ambos negam o crime.
Alexandre Nardoni continua preso. Ele foi condenado a 30 anos de prisão.