A 2ª Promotoria de Justiça do Rio de Janeiro solicitou, neste sábado (8), que seja reconsiderada a decisão que negou que a testemunha-chave do caso Patrícia Amieiro preste novas declarações na sessão marcada para a próxima terça-feira (11).
A solicitação foi peticionada junto ao Tribunal do Júri da Capital após a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis alegar que novas provas apresentadas após o primeiro tribunal do júri do caso, realizado em dezembro de 2019, não podem ser levadas em consideração.
Nesta sexta-feira (7), a magistrada também negou o adiamento da sessão, mas há possibilidade de ser remarcada.
A testemunha falou sobre o caso pela primeira vez em 2020 após procurar a BandNews FM. Segundo o relato, no dia do crime, ocorrido em junho de 2008, Patrícia voltava de uma festa e teve o carro fuzilado por policiais militares na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O primeiro júri popular, levou a condenação dos quatro agentes envolvidos no crime. De acordo com a Polícia Militar, eles seguem afastados do serviço externo, enquanto respondem a um processo interno.
A defesa dos agentes argumenta que a testemunha-chave não poderá ser ouvida no Tribunal por não ter possibilidade de uma prova diferente das que foram apresentadas no primeiro júri ser produzida.
Nesta sexta-feira (7), no último contato da BandNews FM com a testemunha, ela contou que, após prestar o primeiro depoimento ao Ministério Público, foi ameaçada e coagida a não comparecer e, em troca, foi oferecido uma quantia entre R$ 30 mil e 40 mil para que “sumisse”.
Além disso, declarou que após a coação começou um ‘ritual’ antes de chegar em casa para evitar ser seguido, com dar voltas pelo bairro com o carro e conferir o veículo pelo lado de fora para observar o redor.
