O Brasil se aproxima das 440 mil mortes pela Covid-19 e a alta nas internações já preocupa alguns estados brasileiros. A reabertura precoce das atividades econômicas podem explicar parte da piora dos números.
Nesta terça-feira (18), o Ministério da Saúde confirmou 2.513 mortes pela doença, totalizando 439.050 vidas perdidas desde o início da pandemia. Os números de óbitos vinham em queda desde o início do mês, após o abril alcançar a marca de mês mais letal da crise sanitária. Na semana passada, no mesmo dia, foram 2.311 mortes registrada em 24 horas.
Os casos também aumentaram na terça e totalizaram 15.732.836 diagnósticos positivos com o acréscimo de mais 75.445 casos confirmados.
Especialistas alertam para o crescimento dos números depois de um período de queda e estabilização dos dados. O avanço lento da vacinação e a reabertura precoce da economia, com a falta de uma política de isolamento físico, prejudica o controle da disseminação no vírus.
Ao mesmo tempo que os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo já ficam atentos ao crescimento nas internações, o Imperial College aponta nova queda na taxa de transmissão do vírus no país.
Balanço atualizado nesta terça indica que a taxa de replicação do coronavírus está em 0,91 no Brasil. Na semana passada, o índice era de 0,96. A taxa abaixo de 1 indica a redução no número de infectados. Pelos dados atuais, a cada 100 doente, outros 91 contraem a Covid-19.
SÃO PAULO
A lotação de UTIs de hospitais privados no estado de São Paulo aumenta 6 pontos percentuais em um intervalo de 15 dias. A ocupação passou de 79% para 85%. Desse total, 39% das unidades ouvidas pelo SindHosp, sindicato dos hospitais, clínicas e laboratórios paulistas, têm entre 91% e 100% dos equipamentos destinados a tratamento de pacientes com coronavírus ocupados.
Nove dos dezessete departamentos de saúde do Estado de São Paulo estão com ocupação de leitos de UTI acima de 90%. É o que indica levantamento com base em dados oficiais da Secretária da Saúde. Essas áreas da saúde incluem várias cidades – é uma divisão feita pelo Estado para administrar questões ligadas ao setor.
A situação mais crítica é a da região de Barretos, que inclui outras 17 cidades, com 96,6% de ocupação das unidades de terapia intensiva. A Baixada Santista, por outro lado, tem o menor índice de leitos de UTI ocupados, com 63,3%.
Na Grande São Paulo, 76,6% dos leitos de unidades de terapia intensiva estão ocupados neste momento.
PARANÁ
Curitiba mantém bandeira laranja, suspende cirurgias eletivas, intensifica toque de recolher e restringe atividades aos fins de semana para conter o avanço do coronavírus.
O novo decreto, publicado na terça-feira (18), passa a valer a partir desta quarta (19) e segue até quarta-feira (26) que vem. O documento define que as atividades não essenciais devem funcionar apenas de segunda a sexta. Aos sábados e domingos, por exemplo, vai ser permitida apenas as modalidades de entrega drive-thru ou retirada para os serviços como mercado e restaurante.
Além disso, o toque de recolher passa a ser das 21h às 5h (antes era das 22h às 5h).
O Paraná soma 1.026.423 diagnósticos positivos e 24.714 óbitos desde o início da pandemia. 95% das UTI’s adulto do SUS exclusivas para a doença estão ocupadas. São 5.445 internados em leitos exclusivos, sendo 3.168 estão em enfermarias e 2.277 em UTI’s.
RIO GRANDE DO SUL
Um novo aumento de internações por Covid-19 em diversas regiões do Rio Grande do Sul preocupa autoridades de saúde no interior do estado. Até terça-feira (18) ao menos 7 municípios registravam ocupação em leitos de UTI acima da capacidade máxima.
A taxa geral de ocupação no estado ainda é considerada estável, com 78% dos leitos de alta complexidade ocupados. Já em relação aos leitos clínicos vem sendo registrado uma tendência de aumento. Em uma semana o indicador teve aumento de 14%.