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Celsinho da Vila Vintém, um dos maiores traficantes do Rio, será solto

Acusado de tráfico de drogas, o criminoso deixara o sistema prisional do Rio de Janeiro após um esquema de corrupção policial ser descoberto

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Celsinho da Vila Vintém, um dos maiores traficantes do Rio, será solto Foto: Reprodução
Celsinho da Vila Vintém, um dos maiores traficantes do Rio, será solto
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O traficante Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, deve deixar o Presídio Lemos de Brito, conhecido como Bangu 6, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta terça-feira (18). Ele é um dos fundadores da facção Amigo dos Amigos (ADA) e considerado pelas forças de segurança como um dos principais traficantes do estado desde os anos 1990.

A decisão da soltura é do juiz Marcello Rubioli, da Vara de Execuções Penais, na segunda-feira (17). O magistrado concedeu liberdade a Celsinho no único processo que mantinha o traficante preso, que era sobre a acusação dele ter comandado a invasão da comunidade da Rocinha, na Zona Sul, em 2017. Segundo o Ministério Público, essa acusação contra Celsinho teria sido forjada a pedido do delegado Maurício Demétrio, acusado pelo MP de envolvimento com o jogo do bicho.

De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Demétrio teria oferecido pagamento de vantagem indevida a Antônio Ricardo, na época delegado titular da Delegacia da Rocinha, para ele incluir o nome de Celsinho no inquérito que investigava a invasão e assim atender os interesses do bicheiro Fernando Iggnácio, prejudicando o traficante que era desafeto do contraventor.

O objetivo era transferir Celsinho para a Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná. Segundo as investigações, Fernando Ignácio queria prejudicar o traficante, que tinha desligado as máquinas caça-níqueis do bicheiro nas áreas que controlava.

A denúncia do Gaeco descreve que apesar de não haver menção a Celsinho na investigação, Antônio Ricardo representou pela prisão temporária, usando como fundamento a "teoria do domínio final do fato".

Celsinho já havia estado no presídio federal em Porto Velho, Rondônia, por outras condenações, mas o prazo para sua permanência tinha acabado, e ele retornou para o Rio.

A decisão de soltura do bandido foi possível, já que no processo em que ele foi condenado por tráfico de drogas, o criminoso já havia cumprido o período de reclusão da pena, segundo a Justiça.