A Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pelo controle interno do governo federal, envia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a conclusão das auditorias em benefícios criados pela gestão Bolsonaro (PL) no segundo semestre do ano passado, para apuração de possíveis crimes eleitorais.
O relatório aponta que R$ 1,9 bilhão foi pago de forma indevida por meio de auxílios para taxistas e caminhoneiros. Em coletiva de imprensa, o órgão apresentou as conclusões das auditorias que mostraram falhas na operacionalização de empréstimos consignados do Auxílio Brasil.
"O que me parece claro é que houve, sim, uso desses auxílios de maneira inadequada durante o período eleitoral, seja pela concentração, como do ponto de vista do completo descuido com o desenho do programa e com as pessoas que iam se inserir no programa", afirmou Vinícius de Carvalho, controlador-geral da União.
De acordo com a CGU, 5,1 mil famílias contrataram empréstimos que comprometeram o valor do beneficiário acima do limite consentido (de 40%)
"Para vocês terem uma noção, no segundo turno das eleições, vejam a quantidade de consignado [do Auxílio Brasil] que foi colocada na praça. 93% do contratado foi durante esse período de 2022", pontuou Carvalho.